Algumas pesquisas sugerem que pensar sobre a morte se configura como algo destrutivo ligados a sentimentos ruins, e ao mal estar. Tais estudos relacionados à teoria da gestão do terror – terror management theory (TMT) – que postula que as pessoas defendem certas crenças culturais para gerir sentimentos de mortalidade raramente explora os benefícios potenciais
Agora, estudo conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos sugere que pensar sobre a própria morte, ou sobre o conceito de morte em geral, pode fazer muito bem para a qualidade de vida. Projeto liderado pelo pesquisador Kenneth Vail, da Universidade do Missouri, afirma que a consciência da mortalidade tem potencial para melhorar não apenas a saúde física, mas também ajudar a reestabelecer prioridades, objetivos e valores.
Mesmo pensamentos não conscientes sobre a morte – como andar nas proximidades de um cemitério – podem disparar alterações positivas e tornar as pessoas mais suscetíveis de ajudar os outros. Esta longa lista de benefícios sobre algo que é quase um tabu ou, pelo menos, considerado assunto de mau gosto, é resultado da revisão de vários estudos científcos recentes, realizada pela equipe de Vail.
Segundo ele, nós mantemos certas crenças culturais para gerenciar nossos sentimentos em relação à morte que acabam impedindo que exploremos os potenciais benefícios da sensibilização em relação ao morrer. Mas esses benefícios estão muito bem documentados em dezenas de estudos científicos, que avaliam desde os benefícios físicos até a disponibilidade para ajudar estranhos na rua.